Translate

Mostrar mensagens com a etiqueta sofrimento. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta sofrimento. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Porque ajo de forma auto-destrutiva quando quero ter sucesso?

Ver fonte da imagem
Procuro perceber a toda a hora quais são os gatilhos que desencadeiam certas emoções que conduzem à destruição, como a vontade de gritar com as pessoas por tudo e por nada, de desistir de qualquer empreendimento que tenho em mãos, ou a simples inação pertante tarefas que certamente aumentariam a minha produtividade e bem estar. O que é que está por trás e os suas consequências, mas também o que faz com que o que essas consequências se manifestem é o que preciso urgentemente entender para travar este tipo de comportamentos destrutivos e começar um ciclo em que sou eu que controlo conscientemente as minhas acções. 
Às vezes penso que o problema está na minha incompetência em lidar com os resultados de certas acções positivas. Ou poderá ser que determinados gatilhos me façam reviver algo muito negativo que está recalcado no inconsciente e me causou um sofrimento muito muito grande. E perante essa emoção causada por esse reviver, a ansiedade, o desânimo, a impaciência, a raiva, o mau humor, etc.. tomam conta de mim como consequência. Então há aqui uma emoção desconhecida mas de singular importância (e gravidade): a amoção "reviver". Não sei se existe algum nome científico para ela, eu vou-lhe chamar assim.  
Será isto que me faz agir da forma que ajo? Será que ajo assim como forma de sabotar o meu próprio sucesso? Eu cheguei à conclusão que as duas coisas estão relacionadas. Mas estou a tentar perceber como. É como se aquele "reviver" inconscientemente me tirasse toda a vontade de ter sucesso, talvez porque é essa a emoção associada ao que "está por trás", trancada no inconsciente, e que o gatilho faz reviver. 
É importante perceber isto. É um passo gigante na conquista do auto-controlo e no combate à frustração. É imperativo perceber como este processo funciona quais os gatilhos. Tenho a certeza que quando o conseguir, será muito mais fácil controlar-me e conseguir fazer o que o meu consciente me diz para fazer, independentemente de conseguir ou não decifrar o que está recalcado no inconsciente e que me faz agir de forma negativa. Se calhar, até seu o que lá está. Mas se o diagnóstico é importante, não serve para nada sem um procedimento que leve à cura.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Sobre a Depressão Major, severa ou grave


Ver fonte da imagem
 "A depressão é uma perturbação psiquiátrica do humor que pode ser muito grave, causando sintomas que envolvem o  corpo, o humor, os pensamentos e os comportamentos. Afeta a forma como a pessoa se sente em relação a si própria, a forma como a pessoa pensa sobre as coisas e as pessoas que a rodeiam,  e a forma como lida com as atividades de vida diárias, como dormir, alimentar-se ou trabalhar." (...)
"A perturbação depressiva major representa a condição clássica neste tipo de perturbações. Manifesta-se por uma combinação variável de sintomas depressivos que, pela sua intensidade, interferem com a capacidade da pessoa trabalhar, estudar e divertir-se. Um episódio depressivo major pode ocorrer apenas uma vez mas, mais frequentemente, vários episódios sucedem-se ao longo da vida. Uma depressão major crónica pode levar a tratamentos mantidos por vários meses, anos ou até indefinidamente." (...)
"A escolha do tratamento vai depender do diagnóstico, gravidade dos sintomas e preferência do doente. Quanto mais cedo o tratamento puder começar, mais efetivo se torna. De uma forma geral, as depressões graves requerem uma combinação de medicamentos (antidepressivos) e psicoterapia. Só após algumas semanas é que é possível observar o completo efeito terapêutico dos antidepressivos. Depois da pessoa começar a sentir-se melhor é necessário manter o tratamento por vários meses e, nalguns casos, indefinidamente, para prevenir uma recorrência da doença." (...)
Uma excelente explicação sobre a depressão major. 
A publicação acima é um copy-paste de alguns paragrafos do site, onde pode encontrar mais informações, como por exemplo uma lista dos sintomas: https://www.bial.com/pt/areas-terapeuticas/depressao/

sábado, 2 de maio de 2020

Como o inconsciente encara a Pandemia?

Ver fonte da imagem
Neste contexto inédito para a maioria de nós, é imperioso o auto-controlo, a todos os níveis, começando pelo emocional, pois com este descontrolado tudo o mais descamba. Muito se tem falado de que ter ansiedade, sentir-se inseguro, é normal. Mas para aqueles que viviam antes estes problemas, para os quais os mesmos começaram muito antes de o novo coronavirús ser um problema, certamente os níveis do "normal" não se adequam.
Primeiro, há que perceber de onde vem a ansiedade e insegurança que os afligia. Existe algo que as desencadeia e, uma vez que vive no subconsciente, provavelmente em contradição com o consciente, não se conseguem controlar. A adição de um novo problema pode não ser prejudicial. Pode ser encarado com o um desafio, pode ser visto como uma "esperança" para curar os problemas anteriores.
Quem sofre anseia por um mágico, um milagre, que os retire desse sofrimento. E esta pandemia, este isolamento forçado, pode ser esse mágico! Vai haver uma mudança de certeza. Pode ser a nível profissional, familiar, financeiro, de saúde, mas vai haver. O desejo de mudança está prestes a ser cumprido.
Vou dar um exemplo concreto: Se o que está a causar ansiedade é o autoritarismo vivido em criança no ambiente familiar, atualmente poderá ser desencadeada pelo ambiente profissional, em que o patrão representa o pai. Mas como o salário é bom e até se gosta da profissão, o consciente não ve o patrão como causa de mal algum. E não é, é a associação que o inconciente faz relativamente a situações não resolvidas do passado.
Mas como pode a pandemia potencialmente curar este sofrimento? Uma das mudanças imediatas que introduz poderá ser o isolamento forçado e consequente afastamento do local de trabalho e do patrão. A longo prazo, poderá significar perda do emprego. Será um alívio a curto prazo. Quanto a perda do emprego, que implicaria passar necessidades, quando comparados com o sofrimento actual, poderá apenas resumir-se numa palavra: liberdade. Qualquer coisa que liberte esta pessoa daquilo que a faz sofrer atualmente será bem vindo. Quanto ao sofrimento futuro, além de incerto, é algo para se preocupar na devida altura. Aliviado deste, certamente se encontrará em melhores condições de lidar com o futuro. Este exemplo aplica-se a uma imensidão de casos.
Tudo é muito mais complexo, cada pessoa é um mundo e este tema daria para uma tese de doutoramento.
O importante neste post é que qualquer coisa que consigamos compreender é um passo para nos libertarmos do sofrimento e que n
em sempre o mal que nos atinge tem efeitos nefastos para a nossa felicidade.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Causas do sofrimento: masoquismo, integridade e zona de conforto

Ver fonte da imagem
Muitas vezes perguntamos porque estamos sempre a cair em situações que nos fazem sofrer.

Existem três expressões para explicar a causa de grande parte do sofrimento humano: masoquismo, integridade e zona de conforto. 

O sofrimento em si pode ser gerado por factores externos, inevitáveis, como guerras, catástrofes ambientais ou doenças. Porém, parte do sofrimento humano é "causado" pelo próprio "sofredor".O masoquismo significa prazer em sofrer. Existe uma extensa literatura no campo da psicologia e outras ciências que versa sobre este tema, contudo, porque contraria o princípio instintivo de todo o ser vivo de evitar o sofrimento, quem o procura tem que ter algum tipo de disfuncionalidade.

Apesar de chocar muitas pessoas, temos que nos comparar aos restantes animais, principalmente mamíferos. Nós somos biologicamente animais, e se há algo de inato em nós é o instinto de sobrevivência e o instinto de procura do prazer. O primeiro leva-nos a afastarmos-nos de tudo o que nos cause dor e desconforto, o segundo a aproximarmos-nos das coisas que nos causam boas sensações Ainda que por vezes se tenha que sofrer para alcançar o prazer (felicidade), este fim último, como finalidade da vida acaba por funcionar como uma recompensa. Aproximarmos-nos de algo que nos cause sofrimento em busca de algo que termine ou atenue um sofrimento maior ou reverta o actual para um estado de felicidade. Isto não se enquadra no masoquismo, pois o fim último do masoquista, o seu prazer, é o próprio sofrimento.

Se como animais é normal agirmos como acima referido, contudo somos animais de hábitos. E de teimosias! Isto para explicar que muitas vezes, seja qual for o motivo, somos expostos ao sofrimento. Porém, ou a repetição do mesmo em curtos períodos de tempo, ou a persistência do mesmo, leva a que nos habituamos. O estado "sofredor" passa a ser o nosso estado "normal".

Com base no instinto de sobrevivência, e partindo do princípio que não somos masoquistas, seria normal fugirmos daquilo que nos causa tal estado. Mas o que observamos muitas vezes é que muitas pessoas não o fazem, ou se o fazem acabam por encontrar rapidamente algo que as coloque nesse estado outra vez. Isto porque são íntegras! Elas "mantêm a palavra", ou seja, se disseram a elas mesmas "Eu sou um sofredor", não vão mudar a palavra dada! Pode parecer absurdo, mas a verdade é que isso acontece de uma forma insconsciente. Se passarmos a ser felizes, sentiremos que estamos a faltar à nossa palavra, a trairmos-nos a nós próprios, a "virar outra pessoa", o que não nos agrada. Isto passa-se sem que tenhamos consciência disso, sem entrarmos em quadros patológicos.

A permanência ou repetição de situações que nos causam sofrimento funcionam como se fossem a nossa família. Aquele é o estado que conhecemos. Estar em sofrimento torna-se tão familiar, que se há uma coisa que o instinto de sobrevivência nos ensinou foi a fugir do desconhecido. Por isso, tempos sempre a tendência a voltar para aquilo que conhecemos, a "voltar para casa", por muito aventureiros que sejamos. Isto porque aquele sentimento, agradável ou não, passa a ser familiar. No futuro, iremos escolher, inconscientemente claro, estar em situações que despertem em nós o sentimento que nos é familiar, bom ou mau,não importa.

Desta forma podemos dizer que muito do sofrimento do ser humano é causado pelo próprio, quer porque lhe dê prazer, porque é íntegro, ou porque é sempre difícil sair da "zona de conforto".

domingo, 1 de outubro de 2017

A verdade por detrás das nossas atitudes e sentimentos

Ver fonte da imagem
Nem sempre aquilo que sentimos é o que parece, inclusive para nós próprios. O nosso cérebro é um mecanismo muito complexo. Ele é comandado mais pelo inconsciente, ao qual não temos acesso, do que pelo consciente, o qual comandamos. Por exemplo:
- Perante um acontecimento demasiado traumatizante, o cérebro utiliza mecanismos de defesa contra o sofrimento causado pelo mesmo. Pode induzir a amnésia ou criar falsas memórias. 
- Perante uma decisão demasiado difícil a nível pessoal, pode por exemplo esquecer-se de datas, de nomes, ou simplesmente arranjar ocupações para se sobreporem à tomada daquela decisão.
- Perante a morte ou a perda pode simplesmente entrar em negação. Apesar de saber exactamente o que aconteceu, não aceita a realidade, para ele é como se estivesse a ver a notícia num jornal, respeitando a outra pessoa e não ao próprio.
- Perante uma traição por exemplo, pode ignorar os sinais que manifestamente serão impossíveis de ignorar, relativizando-os de forma a não ter que enfrentar o confronto que lhe traria mais sofrimento ainda. 
Estas situações de que falei agora não são mais do que fugas. Fugir à realidade afim de atenuar/anular/adiar o sofrimento. Mas muitas há que são apenas manifestação de um cérebro confundido com anos de sentimentos recalcados, regras sociais, incongruência entre o sentir e o querer. Pensamos que sabemos o que queremos, mas não é isso que queremos. Isso é apenas a solução que o cérebro nos deixa ver, pois tem escondidas todas as outras, as que realmente curavam. E tem-nas escondidas porque sabe que iria causar demasiado sofrimento e não sabe lidar com ele. Pelo menos para já.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Nuvem negra que não vai embora...

Por vezes a depressão não é apenas um episódio das nossas vidas para passar a ser a nossa vida. Todo o nosso quotidiano gira à volta dela, quer vivendo mergulhados nela, quer tentando evita-la. Ela passa a ser a nuvem negra que nos envolve ou que paira sobre nós a todo o instante e sentimo-nos incapazes de fugir porque ela nos persegue, pois nos pertence, é como um cão fiel que segue as pisadas do dono e mesmo que este o enxote volta a acompanha-lo na sua caminhada e aninha-se a seu lado na cama.


Ver o mundo através de uma densa nuvem cinzenta é perder a capacidade de ver a cores, é viver permanentemente na sombra. O Sol brilha algures lá no alto, ilumina tudo ao nosso redor, mas a nós não. E, habituados que estamos a viver na penumbra, se um raio de sol penetra na nossa nuvem, fere os nossos olhos, cega-nos de tal maneira que somos da mesma forma incapazes de ver as cores. Como dissipar então esta nuvem e deixar entrar o sol sem que os nossos olhos sejam afectados, de forma a conseguirmos ver o mundo da mesma forma que os outros o vêm? Ou seja, a cores?


A resposta a esta questão nada tem a ver com oftalmologia. O indivíduo dentro da nuvem sofre, vive mal, quase a chegar ao fim dos seus proprios limites. Mas de alguma forma aprendeu a criar mecanismos de sobrevivência. Dia após dia enfrenta guerras desmedidas com a própria vida, viver dói e é uma dor insuportável, respirar dói mas a biologia obriga à inalação de ar. A adaptação não foi fácil, levou meses, por vezes anos. Mas a maioria das pessoas que vive nestas condições está habituada a sofrer de muitas formas, provavelmente desde a infância. Nunca tiveram uma vida fácil. Sempre foram vítimas, nunca tiveram força psicológica suficiente para superar as enfermidades de que foram alvo. O único terreno que conhecem é o que pisam, o único ar que os seus pulmões respiraram é o que respiram. Por mais que lhes digam que o Paraíso é muito agradável, como podem acreditar? Alguns deles já experimentaram mil paraísos e voltaram à nuvem ao fim de tão pouco tempo, outros foram ao paraíso e não se adaptaram, enlouqueceram por lá. O paraíso para eles não passa de um conto de fadas que não deve passar disso mesmo. De um conto de fadas que se conta às crianças antes de adormecer.


"Eu quero tirar a Joana da nuvem e integra-la na vida normal. Quero que ela tenha um emprego normal, um namorado, um grupo de amigos, uma casa". Ouvi esta expressão de um psiquiatra uma vez. A Joana vivia em quartos alugados, não tinha mais que uma mala de roupa que não tinha qualquer prazer em renovar, vivia de biscates pois não conseguia manter um emprego por mais de um mês e não conseguia manter uma relação de amizade quanto mais um namorado. Parecia uma missão impossível. Este médico interveio com Joana da seguinte forma: procurou uma voluntária entre as suas ex-pacientes e encontrou uma (Simone) que se dispôs a oferecer a Joana a sua amizade. O facto de se tratar de uma pessoa extrovertida e com muitos amigos poderia auxiliar a jovem a encontrar um namorado e além do mais os conhecimentos que tinha a nível profissional poderiam possibilitar uma integração a esse nível. Com um aumento do montante do salário poderia depois encontrar um apartamento e deixar assim de viver em quartos alugados.


Este encontro entre as duas chegou a realizar-se, e Simone convidou Joana para ir a sua casa sempre que quisesse, apresentou-lhe os seus amigos e falou com um conhecido que lhe arranjou um estágio profissional. Porém, aquilo que parecia ser um dissipar da nuvem negra em que Joana estava imersa não deu qualquer resultado. O apoio de Simone foi excelente, mas cada passo no sentido da luz era para a outra tão difícil e tremido que a sociedade não estava preparada para tal. O patrão dispensou-a porque ela era insegura, os seus novos amigos nunca lhe telefonaram pois não foram cativados por alguém que, comentaram mais tarde, "não sabia sorrir" e um simpático e atraente rapaz que ficou cativado pela sua beleza, não conseguia ela ver nele nada de especial. Não importava que tudo mudasse ao redor de Joana, porque ela não conseguia sair de dentro da sua nuvem. Não sabia lidar com cores, nem sequer o nome delas. Há pois um longo processo de transformação/aprendizagem que tem que ocorrer ainda dentro da nuvem antes que a pessoa esteja apta a saltar cá para fora, caso contrário será fracasso atrás de fracasso e isso só contribui para que ela deseje voltar lá para dentro e não sair jamais. Se a pessoa sair sem estar preparada, cá fora não vai ter tolerância nem ajuda de ninguém. Dar os primeiros passos é tão difícil como pôr um bebé a caminhar lado a lado com uma multidão apressada. Ou é espezinhado ou fica para trás.


É por isso que quem está na nuvem permanece por vezes lá por muito tempo. A par disso, também conta um outro factor muito importante: o medo. Ter medo do desconhecido, medo da mudança. Por vezes temos medo de sentir novas emoções, mesmo que se trate das positivas. Somos cobardes demais para dar saltos no escuro, nem que sejam apenas saltos no ar. Isto acontece com todos nós, mas quando se vive em determinada situação por muito tempo, é mais difícil sair dela. Só o simples falto de pensar nisso gera ansiedade de tal forma intensa que para a apaziguar simplesmente eliminamos essa hipótese.


Lágrimas secas

Ver fonte da imagem   So me apetece chorar, mas as lágrimas não caem.... É um alívio quando elas escorrem pelo rosto, pois é uma forma de ex...

Mais vistas